Gestão ágil: quando a empresa está no caminho certo?
Um grande questionamento de quem se preocupa com uma gestão empresarial ágil é: Afinal, já que não é possível chegar em um ponto de maturidade que vou falar “Agora sim, minha empresa é ágil”, como vou saber se estou indo na direção certa ou não?
De acordo com esse artigo da Harvard Business review, é possível utilizar o EBM (Evidence Based Management) para que sua empresa consiga se sustentar em dados para saber se está sendo ágil ou não. Porém, desde já, é válido lembrar que não é possível chegar em um ponto que você poderá cruzar suas pernas e se “acomodar na agilidade”, uma vez que vivemos em um mundo vuca, no qual a inovação deixou de ser diferencial e passou a ser critério.
Dito isso, vamos explicar mais sobre gestão empresarial guiada por dados, EBM e organizações ágeis nesse artigo. Vamos lá?
Sumário
Gestão ágil
Inicialmente, qual o manifesto ágil foi criado, as metodologias ágeis eram voltadas para times de desenvolvimento, para que a parte técnica fosse aprimorada. Contudo, isso deu tão certo que esses princípios passaram a ser aplicados também em outras áreas das organizações, o que colaborou para o “boom” da cultura ágil.
Nesse contexto, as empresas, mesmo as mais tradicionais, passaram a se preocupar em agilizar seus processos. Ao contrário do que muitos pensam, tornar uma empresa mais ágil, não é necessariamente torná-la mais rápida, e sim, mais sustentável, autônoma e versátil.
No primeiro episódio do maior podcast de agilismo do Brasil, Os Agilistas, eles debatem sobre uma pergunta muito comum: afinal, sua empresa é ágil?
EBM (Evidence Based Management)
O que é EBM?
Evidence-Based Management (EBM) é uma abordagem empírica que ajuda as organizações a melhorar continuamente os resultados do cliente, as capacidades organizacionais e os resultados de negócios em condições de incerteza. Ele fornece uma estrutura para as organizações melhorarem sua capacidade de entregar valor em um mundo incerto, buscando um caminho em direção aos objetivos estratégicos.
Para isso, o EBM usa experimentação intencional e evidências (medidas. Dessa forma, permite que as organizações melhorem sistematicamente seu desempenho ao longo do tempo e refinem seus objetivos com base em melhores informações. Ou seja, EBM Ajuda Organizações a Buscarem seus Objetivos em um Mundo Complexo Usando Empirismo.
Quais são as principais métricas para uma gestão ágil guiada por dados?
Valor corrente
Qual o valor que foi apresentado para o cliente e para os investidores?
Precisamos olhar para o valor corrente para compreender o valor que uma organização oferece aos clientes e stakeholders no momento. Ou seja, considera apenas o que existe agora, não o valor que pode existir no futuro.
As perguntas que as organizações precisam reavaliar continuamente para o valor atual são: 1. Quão satisfeitos estão os usuários e clientes hoje? A felicidade deles está melhorando ou diminuindo?
2. Quão felizes estão seus funcionários hoje? A felicidade deles está melhorando ou diminuindo?
3. Quão felizes estão seus investidores e outros stakeholders hoje? A felicidade deles está melhorando ou diminuindo?
Para medir isso, levante métricas de experiência e de entregas dentro do seu produto ou serviço levando em consideração todos os stakeholders.
Valor não realizado
Empresas ágeis enxergam pelas entrelinhas! Cada detalhe conta, 5% de acerto significa 95% de erro ou áreas não exploradas e as empresas ágeis precisam tirar proveito dessas oportunidades.
Por isso, analisar o Valor Não Realizado (Unrealized Value) ajuda uma organização a maximizar o valor que ela obtém de um produto ou serviço ao longo do tempo.
Quando consumidores, usuários ou clientes experimentam uma lacuna entre sua experiência atual e a experiência que eles gostariam de ter, a diferença entre os dois representa uma oportunidade; esta oportunidade é medida pelo Valor Não Realizado (Unrealized Value).
Time-to-marketing (T2M)
Agilidade é tempo de criação de valor. Tempo de operacionalizar valor real.
Por isso, precisamos considerar o T2M é minimizar o tempo que a organização leva para entregar valor. Sem gerenciar ativamente o T2M, a capacidade de entregar valor de forma sustentável no futuro é desconhecida.
Com que rapidez a organização pode aprender com novos experimentos e informações?
Quão rápido você pode se adaptar com base nas informações?
Com que rapidez você pode testar novas ideias com os clientes?
Habilidade de inovar
Apenas atividades de manutenção não sustentam uma empresa atualmente, também são necessárias atividades de criação para que a empresa continue se destacando. A não estabilidade é a estabilidade atualmente.
Outros pontos que você também precisa se atentar:
-
OKRs
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Mindset do time de produtos
Gestão ágil: OKRs (Objectives and Key Results)
Como o próprio John Doerr descreve em seu livro “Avalie o que importa”, “OKR” é uma sigla para Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados-Chave, em português). É um protocolo colaborativo de definição de metas para empresas, equipes e indivíduos. Além disso, ele ainda cita que os OKRs são “uma metodologia de gestão que ajuda a garantir que a empresa concentre seus esforços nas mesmas questões importantes em toda a organização”.
Na sigla OKR, cada letra possui um significado:
- “O” é de objetivos, que se refere ao que queremos alcançar como meta final dentro de um período, normalmente trimestral. Esses objetivos devem ser inspiradores, abrangentes, curtos, envolventes e desafiadores.
- “KR” se referem aos resultados chaves, que representam como será medido o progresso em direção ao objetivo definido. Portanto, devem ser mensuráveis e quantitativos.
Entenda melhor como os Objectives and Key Results podem ajudar a sua empresa a ser mais efetiva nos resultados.
Mindset times de produtos
Mentalidade de projeto X Mentalidade de produto
Mentalidade de projetos é voltada para cumprir escopos, mas muitas vezes, quando não está alinhada com a mentalidade de produtos acaba perdendo valor para o cliente.
Por outro lado, a mentalidade de produto não está somente preocupada com cumprir etapas, como também com a finalidade de cada ação e no valor que isso irá gerar no negócio do cliente. A partir disso, entram no paradigma da capacidade operacional e da geração de valor.
Gestão e Negócios
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