Desenvolvimento de Software
Desenvolvimento Profissional

Como a produtividade do desenvolvedor é impulsionada pelo seu conhecimento operacional

Descubra como o conhecimento operacional pode tornar seu time mais eficiente e melhorar suas entregas!
Por Entre Chaves
28 fev, 2025• Atualizado em
28 fev, 2025
Como a produtividade do desenvolvedor é impulsionada pelo seu conhecimento operacional

Como a produtividade do desenvolvedor é impactada pelo seu afastamento da operação? A pauta do momento no mercado de desenvolvimento de software é se o desenvolvedor será substituído em breve pela inteligência artificial, mas a resposta é: depende.

Cada vez mais é preciso entender que a produtividade do desenvolvedor não se resume apenas a escrever código rapidamente ou dominar tecnicamente uma ferramenta.

No mundo real, um time de engenharia precisa mais do que apenas boas práticas de programação, é preciso entender também como a operação impacta as entregas.

Desenvolvedores que ignoram a parte operacional sofrem com problemas recorrentes como: prazos perdidos, retrabalho, baixa qualidade nas entregas e, principalmente, um ambiente caótico.

Em contrapartida, times que unem o conhecimento técnico e operacional conseguem organizar o fluxo de trabalho, prever gargalos e entregar valor com consistência.

Neste artigo, você vai entender porque um desenvolvedor precisa ir além do código e se envolver na operação do time para construir soluções melhores e mais eficientes.

O erro de achar que a operação não impacta na produtividade do desenvolvedor 

A maioria dos desenvolvedores trabalham no modelo de times multidisciplinares e por estas equipes serem compostas também por um Scrum Master ou Líder técnico, eles acreditam que a operação do time não é de sua responsabilidade também.

Porém, essa forma de pensar é prejudicial profissionalmente falando e também para o andamento do time. Quando um dev não se envolve na operação, ele acaba perdendo a autonomia sobre o seu próprio trabalho.

Isso porque, o profissional fica refém de um fluxo de tarefas desorganizado. Além disso, outros problemas também devem surgir como a falta de previsibilidade, acúmulo de trabalho em progresso, retrabalho por requisitos mal refinados e pressão para entregar sem qualidade.

No episódio #145 do nosso podcast Entre Chaves, Paulo Teixeira, Arquiteto de Software, trouxe uma importante reflexão: “Codar é muito bom, mas a operação é o que movimenta o time e ajuda a entregar o código.”

Ou seja, se a operação não estiver bem estruturada, não importa o quão bom seja o código, ele pode nunca chegar ao usuário final da forma correta.

Qual a diferença entre uma operação saudável e uma go horse?

Quando falamos em eficiência, estamos tratando diretamente de uma equipe que sabe equilibrar qualidade, tempo e esforço.

Mas quando a operação é ignorada, o time cai na armadilha do go horse. Ou seja, quando as tarefas chegam desalinhadas, realizadas no desespero e com resultados duvidáveis.

Por isso, é importante que a produtividade de uma equipe siga uma operação saudável seguindo princípios importantes. Isso inclui, priorização clara das demandas, fluxo de trabalho sustentável, time alinhado sobre o que e como será entregue, além de uma boa cultura de retrospectivas para ajustes constantes.

Em contrapartida, quando falamos em go horse, quer dizer que estamos lidando com desenvolvedores sobrecarregados e sem direcionamento. Para chegar neste nível, outros pontos foram despriorizados, como:

  • Mudanças constantes sem análise de impacto;
  • Retrabalho frequente por falta de planejamento;
  • Falta de alinhamento entre expectativas e entregas.

No fim, ter uma operação saudável não significa ser bucrocrática, mas sim ter clareza sobre o que deve ser feito. Quando os devs se envolvem no processo, o time reduz urgências e melhora a qualidade das entregas.

Retrospectiva: o rito crucial para manter a produtividade do desenvolvedor

No geral, a retrospectiva é um rito indispensável para manter um time nos trilhos em busca do objetivo. Ela não serve apenas para elogiar os membros da equipe, mas principalmente para identificar gargalos e corrigir erros operacionais antes que se tornem crises.

No podcast, Paulo também destacou a importância desse rito, afinal, se ele for bem executado, o time sempre melhora a cada ciclo.

Times que não fazem retros eficientes perdem oportunidades valiosas de: descobrir pontos de desperdício de tempo, corrigir problemas de fluxo de trabalho, além de melhorar a organização e previsibilidade das entregas.

A produtividade do desenvolvedor está diretamente ligada à capacidade do time de inspecionar, adaptar e evoluir constantemente.

Por que desenvolvedores precisam conhecer métricas de operação?

Em primeiro lugar, não dá para falar da produtividade de um time sem passar pela análise de dados. Com informações fica fácil medir corretamente onde está o problema para se criar ações com foco em eficiência.

Mas afinal, quais são as métricas que podem ajudar nesse processo? Abaixo, separamos algumas:

  • Lead Time: esse é o tempo necessário entre a criação e a entrega de uma tarefa;
  • Cycle Time: aqui medimos o tempo em que a tarefa demora para ser finalizada após o início;
  • Work in Progress (WIP): é a quantidade de tarefas abertas ao mesmo tempo para entender a priorização.

Com essas informações em mãos, o processo de descobrir o que está atrasando o fluxo de trabalho fica mais rápido e confiável.

Em outras palavras, os dados mostram onde o time precisa melhorar, em vez de achar culpados ou tentar resolver problemas sem estratégia.

Qualidade da entrega precisa ser prioridade

Mudanças ao longo do caminho são naturais, mas o maior erro operacional que um time pode cometer é sacrificar a qualidade para ganhar velocidade.

Um cliente pode até esquecer um atraso, mas uma falha de qualidade se tornará um marco quando acontecer.

Se um time entrega algo cheio de bugs ou com uma experiência questionável, o impacto será muito maior do que um atraso bem justificado.

Obviamente isso não deve ser uma rotina, mas essa discussão é importante para que a operação também seja um ponto de atenção da produtividade do desenvolvedor. É preciso entender o valor de equilibrar a velocidade com a qualidade sem comprometer a entrega.

Nesse sentido, criar roteiros de testes eficientes, acompanhar métricas de bugs e manter um fluxo de trabalho sustentável são fundamentais para que a saúde de um time seja uma prioridade.

Conclusão

No mercado atual de desenvolvimento, não basta apenas saber programar. Então, se torna muito mais valioso um desenvolvedore que se interessa e entende como a operação funciona, sabe priorizar tarefas e ajuda a otimizar processos.

Quando integramos conhecimento técnico e operacional, os devs deixam de ser apenas “executores de código” e passam a atuar como construtores de soluções eficientes e contribuem para uma equipes mais produtiva.

Enfim, um desenvolvedor dificilmente será substituído por uma IA se ele for estrategicamente relevante para ajudar o time a evoluir.

Quer receber uma curadoria mensal com as últimas tendências em tecnologia?Assine a Newsletter Entre Chaves,onde você tem acesso a notícias, dicas de ferramentas e tutoriais do universo do desenvolvimento. Inscreva-se com seu melhor e-mail 

Quer ver mais conteúdos como esse?

Dê o primeiro passo na jornada da transformação digital

Chegou o momento de impulsionar os resultados da sua empresa! Para entrar em contato com a gente, clique no botão abaixo e preencha o formulário.

Confira outros artigos